segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Saúde terá indicador para medir eficiência


O coordenador da Câmara de Gestão, Desempenho e Competitividade do governo federal, Jorge Gerdau, estima que, até o final do ano, estará em funcionamento, um indicador para medir a eficiência do sistema público de saúde.


O indicador, que abrangerá inicialmente 20% da rede, vai avaliar parâmetros como a satisfação dos pacientes atendidos.

O município que tiver um bom índice de avaliação e for atingindo as metas estabelecidas pelo Ministério da Saúde terá aumento no repasse das verbas do governo federal. A ideia é que o ministério trabalhe com auditores e visitas aos postos de saúde auxiliando a avaliação.

“A intenção é levar ao sistema, gradativamente, um grau de eficiência cada vez maior. É uma tarefa enorme porque se trabalha com as responsabilidades descentralizadas entre governo, estados e municípios”, disse Gerdau.

Ao tomar posse no Ministério da Saúde, em janeiro deste ano, o ministro Alexandre Padilha falou sobre a intenção de criar um indicador para apontar a qualidade de atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS). Na ocasião, Padilha explicou que o objetivo era melhorar a gestão do atendimento, a pactuação entre os entes federativos e estabelecer metas de crescimento.

O assunto foi discutido sexta-feira (7), na reunião da Câmara de Gestão Desempenho e Competitividade, que teve a participação de Padilha e das ministras da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e do Planejamento, Miriam Belchior.

A proposta do coordenador da Câmara de Gestão, Desempenho e Competitividade do governo federal, Jorge Gerdau, já chega com grande atraso, diante das mortes evitáveis na rede de saúde de todo o País. Qual a explicação, por exemplo, para o Hospital Estadual Adão Pereira Nunes recusar atendimento a um rapaz que caiu do telhado de casa, apresentava múltiplas fraturas, ou um idoso, que morreu na porta do hospital, onde a família não conseguiu atendimento a tempo de, pelo menos, minorar o sofrimento do paciente e de sua família?

No fim de semana anterior, o mesmo Hospital Adão Pereira Nunes atendeu, e com grande sucesso, um menino de 12 anos, morador de Imbariê, que estava com um alicate cravado no crânio. O mesmo hospital que concorreu para a morte do jovem de Xerém, salvou a vida do menino de Imbariê. Em ambos os casos, os pacientes corriam risco de morte e o menino sobreviveu. Para evitar má interpretação dos fatos, é bom que se diga que, em ambos os casos, os pacientes foram atendidos em postos de Saúde do município e tiveram o mesmo tipo de tratamento, sem nenhuma distinção sobre quem era quem.

Dispusesse o Governo do Estado e os municípios de instrumentos eficientes de aferição, sem achismo ou escape tecnológico de alto custo, tanto o rapaz de Xerém quanto o idoso poderiam ter sido salvos ou, no mínimo, os responsáveis pelo (não) atendimento seriam facilmente identificados e poderiam receber a justa punição. Como funciona hoje e diante de um compadrio desmedido, ninguém no Hospital tem a necessária isenção para investigar e identificar onde ocorreu a falha. Geralmente, quando o caso suscita grande comoção, encontra-se rapidamente um segurança ou maqueiro a quem responsabilizar pela falha que é do sistema, como um todo.


Fonte: www.caxiasdigital.com.br

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